domingo, junho 27, 2010
Vi-te de fugida, no outro dia. Na outra semana, por mais do que cinco minutos, mas ainda assim, a correr. Perguntei-te como estavas, disseste que estava tudo bem, que tinhas saudades minhas e querias passar aqueles cinco minutos comigo, fizeste-me uma festa, ajeitaste-me uma madeixa de cabelo atrás da orelha. Respiraste-me ao ouvido e sussurraste que tinhas estado este tempo todo à esquina da minha casa, à minha espera.

Inspirei, perto de ti, no teu ombro, e não te reconheci o perfume. Tinhas mudado. Já não eras tu, e já não era eu. Mas éramos ainda os dois.

Depois uma torrente de turistas e pessoas inundou o passeio, empurrando-me, a mim e a ti, e as nossas mãos perderam-se.

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